Tem gente que coleciona selos, dos mais raros até os mais chinfrins. Ou obras de arte, tampinhas de refrigerante, corujas, bruxas, inimigos, livros. Enfim, o hall de coleções são os mais diversos nesse mundo. Ôooo se são…
Bem, eu e a Lora podemos temos como hobby colecionar cantadas. Não, pessoas. Não quero dizer que somos as musas dos pedreiros ou que arrematamos olhares por onde passamos. Nada disso.
A verdade é que existem caras com dom pra coisa, sabe? Ou pelo menos acham que tem. Eles realmente investem no “oi, posso te conhecer?” e inventam mil formas de tornar nossos dias mais alegres ou nossas noites e chances de desencalhar deprimentes.
Vale ressaltar que nós mesmas nunca caímos em nenhuma dessas, até porque minha veia sociopata é latente demais ( eu temo estranhos) para sucumbir aos chamados dos estranhos-engraçadinhos, estilo Jhonny Bravo, que se espalham pelas ruas e baladas.
Mas as colecionamos. Sim, desde as mais toscas até as mais criativas. E vale a pena. Criatividade bizarra mode on. Start!
– Oi, tudo bom?
– Tudo…
– Tu conheces o Alex?
– Alex? Não… acho que não.
– Mas agora conhece. Prazer, meu nome é Alex.
– Hoje é teu aniversário?
– Não, não…
– Pô, mas você tá de parabéns, hein?
– Doeu a queda?
– O que?
– A queda… doeu?
– hãn?
– Porque um anjo assim, só pode ter caído do céu.
– Passei por aqui pra ver se tu pisavas no meu pé de novo, só pra eu poder ficar um pouquinho mais perto de você. (em meio à balada super lotada)
– Eu tô bem? Meus amigos disseram que eu tô bem hoje.
– Tá, tá bem sim…
– Obrigada! Você também tá maravilhosa, sabia?
– Nossa, você tem cara de professorinha de Português. Uau! (bem fantasiando com óculos de grau)