É isso mesmo, para quem sempre visita nosso blog, ele migrou para o endereço : http://www.ohvarios.blogspot.com. Agora com mais variedades de textos e mais praticidade.
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O BLog OHVARIOS MIGROU!
Posted in 1 on 14/04/2010| 3 Comments »
Mudanças
Posted in 1, Anna Carla on 08/07/2009| 3 Comments »
“Eu não escrevo aquilo que quero, eu escrevo aquilo que sou”. (C. Lispector)
Mesmo não sabendo direito quem sou só consigo escrever o que sai de mim como aquele berro explosivo de quem está perdendo as estribeiras. Ando pensando bastante em como costumo mudar perto dos outros. Pra cada pessoa costumo ter um tipo de reação, é como se eu conseguisse me moldar conforme a moldura. Estranho.
Sou diferente a cada tipo de relação, independente do tipo. Posso ser a pessoa mais chata e mais legal do mundo ao mesmo tempo. Não sou muito de reclamar, mas perto de alguns viro uma verdadeira máquina de piti. E, sério, não acho que a culpa seja totalmente minha, não. Acredito que as pessoas se tratam como devem se tratar e que é impossível existir um comportamento igual para todos. No máximo, colocamos no automático e nos comportamos de maneira padrão, e talvez isso seja a nossa essência ou o teatro que já estamos cansados de encenar. Não sei.
Tenho medo de quem realmente eu possa ser. Minto. Na verdade eu tenho medo do que as pessoas possam me tornar. Algumas me tiram do sério e me deixam fazer coisas que nunca imaginei ser capaz.
Encontro defeitos que em décadas nunca pensei em ter. Será que são defeitos mesmo? Até que ponto precisamos nos moldar pelos outros? Até que ponto não é melhor esquecer toda aquela psicologia de que é conversando que nos entendemos e dizer que eu não vou mudar e ponto. Não me incomodo de ser assim, não faço mal a ninguém, porque deveria mudar então?
Não sei até que ponto estou sendo completamente ignorante ou flexível demais com a opinião dos outros. Isso me faz pensar, irritar, confundir. Na verdade, a grande pergunta é pra quê? Pra satisfazer a vontade dos outros, evitar certos atritos quando nem se sabe se é concordável esse tal grande defeito?
Termino com o que comecei. A própria C. Lispector conseguiu concluir meus pensamentos.
“Quando a gente começa a se perguntar: para quê? então as coisas não vão bem. E eu estou me perguntando para quê. Mas bem sei que é apenas ‘por enquanto’.”
A Bahia, o sertanejo e o medo.
Posted in 1 on 06/04/2009| 1 Comment »
Sempre tive muito medo de sertanejo, dessas duplas que usam calça apertada, estourando os pobres bagos e têm letras terrivelmente ruins e detentoras de chifres por todos os lados.
Para quem não sabe, agora moro na Bahia e, ou eu tenho me relacionado muito mal, ou as pessoas realmente gostam desse tipo de música(?) pelas bandas de cá.
Moro com duas sertanejas da cidade, somos muito unidas e gostamos de farras. Sendo assim, as cervejadas e faxinas-amigas são regadas a música(?). Eu, democrática como sempre fui, passei a ser obrigada a ouvir e entender até mesmo que o antes: “ JorgeMateus,” na verdade se tratava de Jorge e Mateus. Sim! São duas pessoas e pasme: diferentes.
Dia desses elas fizeram alguma coisa sobrenatural comigo e , quando dei por mim, já possuía um ingresso para o show de Aviões do Forró e Vitor e Léo + dez bandas com nomes como: “cavalo chucro”, “rasta a pereba no asfalto“ e afins. Graças a Nossa Senhora do Ouvindo Limpo eu despertei deste sono profundo e consegui, no último momento, me desvencilhar de tão temido pedaço de papel metálico e minha força pôde prevalecer.
Este texto meio sem pé nem cabeça na verdade é um pedido de socorro, um apelo a meus amigos e leitores deste blog. Sinto medo de dormir e acordar com alguma espécie de Tratamento Ludovico da Música Ruim feito em mim: fios por todos os lados, olhos esbugalhados, cantando que a vida é boa porque algum sapo caiu na lagoa e achando isso super legal.
Alguém me salva, alguém educa as meninas, alguém me apresenta pessoas que gostem de músicas legais ou se preferir envie CDS decentes para minha residência, serão extremamente bem-vindos.
Sinto muito medo.
P.S.: Bregoso, aparelhagens, saudade de vocês.
Dedicado à Marília e Luana, as duas pessoas de mau gosto mais legais para se morar junto (L).
Lora Cirino
Vida louca, vida imensa.
Posted in 1 on 03/04/2009| 2 Comments »
Já que eu não posso te levar, quero que você me leve.
Leve.
Leve…
Por Moara Brasil
Estou dentro de um túnel, e não enxergo o fim. É difícil, dói na alma. Mas a minha única força para seguir esse caminho é acreditar em algo que é abstrato, que não existe, que é fruto das minhas esperanças.
Será algo esquizofrênico? Será apenas uma imaginação louca de que um dia poderei sorrir para as paredes sem me preocupar com as rachaduras?Não sei, às vezes o chão me puxa com tanta força que eu chego a me bater e ficar cheia de hematomas.
É uma inconstante, às vezes estou em êxtase, às vezes estou na lama. É bipolar, dá medo. Estou vulnerável até com o vento da garoa.
Penso que doer faz parte, é mais uma daquelas crises que qualquer ser humano tem que passar para conseguir se entender um dia.
Quero ficar desnuda, saciar minha libido toda vez que chega o fim de semana. Para estranhos? Para aqueles que não me conhecem, que não sabem quando eu entro em êxtase com o toque naquele lugar que poucos, bem poucos, conhecem. Só quem sabe da minha intimidade entende. Dá abuso, dá preguiça conhecer os outros e ter que se apresentar com respostas de questionário. Não quero isso, prefiro caminhar só. E acho que o melhor ainda é tentar viver só por um tempo, conviver consigo mesmo.
Preciso de doses de felicidades, preciso de doses de alegria. Agora só tenho doses de melancolia, mas eu resisto. Quando sinto que meu corpo está caindo, que meu coração aperta e que tenho aquelas sensações femininas com doses intuitivas. Dá um desespero.
Não quero chorar, não quero isso para mim. Chorar sempre cansa. Se amar de menos destrói, mata.
Eu choro para não gritar, para não bater na parede, para não ficar repetindo para mim mesma que eu posso estar errada, que eu posso ter me enganado com essas decisões de adulta. Futuros opostos, amores com direções contrárias.
O pior de tudo é o ócio, esse sim é droga para o vazio se explodir e sair voando. Cabeça ocupada é o que procuro. Cabeça com outros problemas, problemas dos outros. Os meus, pouco importa.
Posso estar me alienando, pode ser uma fuga, válvula de escape. Fico o dia inteiro não pensando em mim, e sim tentando crescer para os outros serem maiores, mas quando chega à noite, ela me carrega, eu flutuo na almofada… E as lágrimas inundam meus lençóis. Preciso viver, preciso de histórias. Preciso de sexo com intimidades e brincadeiras de casal. Preciso sorrir de novo. Eu vou conseguir.
Daquelas rapidinhas boas.
Posted in 1, Vivi, tagged gay, homem on 01/04/2009| 1 Comment »
Diálogos ordinários (nos sentidos mais variados da palavra).
“Eu gosto de homem fiel.”
“Eu gosto é de homem viril.”
“Eu gosto de homem, não importa como, se é fiel, viril.”
Morar numa república com tanto gay não me faz bem, definitivamente.
Dia da verdade
Posted in 1 on 29/09/2008| 7 Comments »
Por Alice
Decidi que hoje é o dia da verdade. Institucionalizei, circulei no calendário com caneta marca texto e repeti três vezes em frente ao espelho. Hoje é dia da verdade. No dia primeiro de abril todo mundo sai por aí contando umas mentiras idiotas e porcas achando que é a coisa mais legal do mundo e pior, essas mesmas pessoas passam esse mesmo dia perguntando umas às outras se já “caíram” em alguma balela. Pois bem, hoje verei se esses mesmos espertões gostam da verdade, de verdade.
Vou começar dizendo para essa senhora aqui do trabalho que ela precisa parar de entrar na sala dez vezes por dia para usar o telefone, até mesmo porque esse telefone não é para que ela saiba se a filha dela já comprou o xampu e se vai ter carne assada com batatas para o almoço. O telefone, assim como o ambiente todo , é para fins comerciais. Chega de ligações, minha senhora, chega! Saia da minha sala e vá direto numa farmácia comprar uma tintura para esse seu cabelo medonho. Mas escolha uma cor e fique com ela até mês que vem, porque se apareceres aqui segunda-feira com o cabelo numa outra tonalidade como toda semana acontece, eu juro que perco a cabeça.
Quem aquele garoto pensa que é para passar ao meu lado e não falar comigo? Vem cá, moleque, tenho umas coisas para te contar. Primeiro que o sexo contigo era uma porcaria És um brocha. Ah, pensa que eu me esqueci disso foi? Não só não esqueci que és um brocha, como lembro direitinho quando me achaste a mais puta porque te pedi uns tapinhas na cama. Ah, fala sério, cara. Devias ter tido um súbito acesso de verdade como estou tendo agora e ter me contado que queres uma frígida sem sal na cama. Faz um favor para mim, faz? Não deixa só de falar comigo, não. Muda de lado quando me avistares, de rua, de cidade. Tenho medo de não me controlar e cuspir em ti quando passares ao meu lado.
Ainda descubro porque a cozinheira põe cenoura em tudo: macarrão, carne assada, carne cozida, frango guisado. Tudo, exatamente tudo, leva cenoura. Seja ralada, fatiada, em cubos. Porra, eu gosto de cenoura, tia. Só tô começando a achar que vou morrer de overdose de betacaroteno. Pega leve na cenoura, tá bom? Bem, agora vamos falar sobre o café. Cada um gosta de um jeito. A senhora não precisa derramar um quilo todo de açúcar na garrafa térmica. Eu sei que minto todo dia dizendo que tá ótimo, mas já virou um vício mentir para a senhora e para o meu paladar. Hoje eu exijo menos cenoura, menos açúcar e mais sabor. Minhas cáries agradecem. Obrigada.
O mesmo vale para a galera que gosta de reparar no visual dos outros. Sim, gente. Eu cortei o cabelo, sim. Ou vocês achavam que ele tinha caído? Ia ser o máximo, já pensou? Cair assim, de forma degradê? Um luxo só. Sim, eu engordei. Já entendi isso, galera. Pronto, agora podem voltar aos seus espelhos e reparar suas caras enrugadas, suas roupas cafonas, seus perfumes exagerados, sua forma cinzenta de ser e de viver e deixar eu e meu cabelo, meu estilo, minha vida em paz porque já sou um inferno cheio de inseguranças e temores sobre eu mesma? Agradeço novamente.
Cansei de ser assim: meio extraterrestre ou autista. Dizem que eu sou estranha e eu me sinto assim. Fazem-me sentir assim. Porque quando falo o que penso e isso agrada, eu tenho um jeito espontâneo. Se o que eu falo desagrada, sou impetuosa. Ninguém nunca se poupou de me criticar, de me apontar o dedo e de colocar em meu peito uma letra escarlate para me taxar como ovelha negra.
Pois saibam que a ovelha negra também sabe berrar e eu berro por isso, pelas verdades. Por um pacto com a verdade nua e crua. Tenho plena consciência que não posso sair por aí reclamando do pau pequeno do brocha, do cabelo e da tagarelice de uma senhora ou até mesmo da comida. Eu tenho consciência! Eu tenho fome de vida, de amor, de pôr-do-sol, de cerveja gelada final de tarde, de rock dos anos 80, de tatuagem e isso vale muito mais do que revelar aos outros o que eles deviam saber sobre si mesmos.
O preço de ser tão fã da verdade é o rótulo. É como carregar consigo para todo canto, como um caracol carrega sua casinha nas costas, tudo que você pensa e mais o fardo do que os outros pensam de você. A maioria – talvez seja por isso que Maquiavel dizia que a unanimidade era estúpida ou burra, ou sei lá o que. Não sei qual o termo que ele usara – passa maior parte do tempo a olhar o rabo dos outros e esquece de limpar seu rabo e coloca-lo entre as pernas antes de reparar na vida dos outros.
Vamos viver com nossas verdades. Rir do que nos alegra é um direito. Pintar o cabelo uma vez por semana de uma cor também. Assim como o “laranjinha” da cenoura alegra a comida, engorda e faz crescer. Deve ser por isso que tô gordinha. Mas sou uma gordinha saudável e feliz. Se a Preta Gil é, porque eu também não posso ser? Eu sou. Claro que sou. E agora chega. Acabou o dia da verdade. Voltarei pro meu sorriso hipócrita porque nesse momento…. adivinha? Tem alguém de cabelo multi-colorido que me pergunta:
– Oi, meu amor. Posso fazer uma “ligaçãozinha” rapidinho?
As verdades me exauriram tanto quanto substantivos e adjetivos no diminutivo.
Quadrinhos só para mulheres…
Posted in 1 on 09/09/2008| 1 Comment »
Um belo dia resolvi mudar
Posted in 1, Anna Carla on 01/06/2008| 2 Comments »
Por Anna Carla Ribeiro
* Dia 23 de julho de 2005, veraneio paraense. Belém do Pario, como todo e qualquer final de semana deste mês, é o mais perfeito cenário de uma cidade fantasma.
Domingo. Sempre tive uma raiva abundante do primeiro dia da semana! Que pra mim, aliás, é o último. Duvido que mais de 15% da população brasileira iniciem a semana domingo! E este é o motivo pelo qual as dietas, os trabalhos, e os demais afazeres quase sempre começam na segunda-feira. Desde criança domingo era sinônimo de calor e tédio. Era um dia em que não se podia fazer grandes estripulias pelo simples fato de que na segunda-feira a rotina voltaria ao normal. Tínhamos que passar a véspera sofrendo antecipadamente a chegada dos nossos compromissos. Pra completar, tive um inimigo no colégio com o sobrenome “Domingues”. O cara conseguia me irritar tanto quando aqueles dias repugnantes! O que futuramente resultou em um certo avesso aos derivamos: “Domingos”, “Domiguete” e assim vai…
De lá para cá, as coisas mudaram. A ressaca deixou os domingos da minha vida mais quentes e tediosos do que nunca! É o dia em que é preciso parar de pintar o sete na intensa boêmia belenense para se encher de engov e água de coco. Apesar dos pesares, deixei de odiar os domingos da minha vida e passei a enxergá-los como uma terça-feira, por exemplo: aquele dia que não fede e nem cheira; não vai, nem racha; não fode e nem sai de cima. Seria injusto continuar odiando os domingos. A vida me proporcionou alguns maravilhosos, que até pareciam sextas-feiras e sábados!
Pois bem, voltemos então ao contexto: calor, cidade deserta, domingo. Tudo para ser um dia monótono, sem graça. Onze da manhã, finalmente levantei da cama. Já tinha acordado umas quatro vezes, mas me deixei curtir um pouco mais a brisa no rosto e o macio do lençol enroscando meus pés.
Talvez tenha surgido daí a idéia de fazer um dia diferente.
Sozinha em casa, ou melhor, sozinha na cidade, era melhor arranjar uma companhia que nos últimos dias era ausente: a minha. Comecei a agradar-me pelos ouvidos: som no último volume, só as melhores músicas. Os vizinhos?! Ah, decidi ter um dia para pensar só em mim! Com certeza os poucos gatos pingados que se encontravam no meu prédio não reclamariam de um pouco de vozerio no meio de tanto silêncio.
Quando me vi, já estava cantando e dançando na frente do espelho. Fazia caras e bocas, inventava passos, imaginava situações para contracenar o momento. Ria das minhas próprias besteiras, falava sozinha, pulei na cama feito criança, gargalhei. O coração ficou enorme, a felicidade reinou. Não precisei de absolutamente nada além do que eu já tinha para me sentir verdadeiramente feliz.
Fui para o chuveiro, peguei todos os cremes, condicionadores e outros cosméticos da minha mãe. Os Beatles me faziam viajar por décadas nunca vividas, e me pegava berrando “yeah, yeah, yeah” no banheiro. O “banho de beleza” improvisado mexeu com meu ego, me senti poderosa. É impressionante como toda mulher esquece as crateras na bunda e as rodas de caminhão na barriga quando faz esse tipo de coisa!
Já eram quase 13h quando resolvi almoçar. Ah, a comida também tinha que ser diferente! Danem-se as calorias e as poucas posses que eu tenho até o final deste mês! Eu ia comer o que eu desejasse, e assim foi feito! Pedi uma boa macarronada por telefone, saboreei cada pedaço.
Depois resolvi sentar-me aqui, em frente a esse computador, para contar a mim mesma essa experiência. Foi inevitável refletir sobre alguns erros cometidos. Havia meses que eu sacrificava o meu presente para focalizar-me num futuro perfeito. Havia tempos em que eu procurava a felicidade longe de mim.
Posted in 1 on 17/05/2008| Leave a Comment »
Olá gente!
Bem, como as reclamações por melhorias na organização do blog foram muitas, estamos tentando mudar de acordo com o nosso conhecimento medíocre em configurações de blog.
Mas como vocês podem notar, aqui do lado direito —-> tem os textos organizados por cada autor, e o nosso arquivo por mês. Quem quiser, pode visitar os nossos textos antigos numa boa.
Além disso, tem nossos vídeos prediletos no Vodpod (atualizamos semanalmente com novos), ultimos posts, os comentários da galera, os textos mais lidos, nossos blogs e sites prediletos e o meebo (que você pode conversar on line com a gente).
Estamos em busca de pessoas que entendam de templates, para dar uma nova cara ao blog, quem quiser ajudar, “tamo dentro”!
E lembrando, o blog Ohvarios é um lugar que começou reunindo textos de 5 amigas, de Belém, sendo que atualmente uma mora em Macapá e outra em Manaus, e por isso mesmo foi criado para matar a saudade de cada uma das amigas Guerreiras. E hoje é aberto para convidados, que tem sido um espaço democrático e até mesmo “terapeutico” para alguns. Obrigada Lucas, Vivi, Antonio, Gonzalez, Maira, Raoni e John, vocês sempre são bem vindos!
Abraaaços!
Das ohvarias!