São Paulo, 15 de novembro de 2009
Todos os dias acordo para a jornada de trabalho de Sampa. Tomo o café da manhã apressado, pego o ônibus depois de uma caminhada de 10 minutos até chegar no terminal. Às vezes agradeço à Deus por ainda ter um trabalho que me dê grana para viver essa vida paulistana, que não é nada barato.
Às vezes fico me questionando…por que estou nesse trabalho? Que atrofia meu cérebro a cada tentativa de vender desesperadamente, para ter um salário não tão justo quanto este trabalho cansativo mereça.
Eu sei que vim para cá com um objetivo, mas o caminho que leva até lá não é fácil, é preciso muita força na peruca….muita.
Descobri que sou bipolar no meu trabalho. Às vezes sou uma grande profissional, às vezes quero chutar o balde e viro uma medíocre.
Acontece que eu não nasci para isso, e sim para outras funções.
A minha vida começou a perder um pouco do sabor na semana que se passou. Pelo menos depois de trabalhar ainda havia a graça de comer morangos…
Talvez seja verdade que eu reclame de mais de boca cheia…mas não sei, eu não me contento com pouca coisa. É isso que ninguem consegue entender…minha ansia por querer realizar as coisas já! Mas preciso da paciência, maldita paciência que mata quem tem pressa.
hum…eu bem sei como é isso.